
“BEM-AVENTURADA É A NAÇÃO CUJO DEUS É O SENHOR, E O POVO QUE ELE ESCOLHEU PARA A SUA HERANÇA”
Salmos 33:12
Salmos 33:12
A degradação moral e espiritual tomou conta do Brasil e isto vem de longe, muito longe! Colonizado pelos portugueses católicos convictos, Dom Pedro I, logo após a declarar a independência achou que o Brasil precisava ter um“santo protetor”(?), reconhecido pela igreja e também autorizado pelo Papa. Assim, solicitou ao Vaticano que fizesse de São Pedro de Alcântara o Padroeiro do Brasil. A indicação foi pela devoção especial que ele tinha por ele e por trazer, como imperador, o próprio nome do santo, assim ele decidiu escolhê-lo com padroeiro principal de todo o Império. Isso foi feito a 31 de maio de 1826 tendo o Papa concordado, embora ele, Dom Pedro I, já tivesse feito a consagração do Brasil a Nossa Senhora Aparecida. Ela que em 1717, no rio Paraíba que nasce em São Paulo, foi resgatada por três pescadores recebeu o nome de Nossa Senhora da Imaculada Conceição “Aparecida”. Em 1929, ela foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial, por determinação do papa Pio XI, sendo coroada. O catolicismo cumpriu o seu papel e nós evangélicos tivemos que digerir a tal santa milagrosa que ainda hoje atrai milhares ao seu santuário na cidade que leva o seu nome.
Passados tantos anos sob a suposta proteção de “Aparecida” o que vemos é uma degradação moral espiritual que assola o Brasil e se alastra rapidamente; a nação está em decadência absoluta em todos os aspectos. O hedonismo, do grego hēdonē “prazer” que é uma teoria ou doutrina filosófico-moral que afirma ser o prazer individual e imediato o supremo bem da vida humana tornou-se numa obseção levando o País a bancarrota; a ética desapareceu dando lugar à corrupção; principios elementares de comportamento e de relacionamentos estão sendo desprezados; a religião permitiu aos seus seguidores o exercicio do narcisismo como modelo de conduta; a cultura do sexo, da bebida, das drogas e da imoralidade estão sendo aos poucos institucinalizadas; o que era ilegal está recebendo das autoridades o aval para serem usados abertamente e lamentavelmente nós evangélicos estamos fazendo parte deste mal. Ao invés de nos tornarmos médicos espirituais, nós temos contribuido para a deteriorização social e moral do País. Lamento que nós, povo de Deus, estejamos produzindo muito pouco impacto na sociedade e nos governantes; na cultura, na educação, nas diversões, e na familia a nossa participação tem deixado a desejar, pois nos tornamos reféns de uma religiosidade omissa ou no mínimo conivente com as mazelas deste mundo. Somos o País das seitas e das heresias; da religião “Bom Bril” de mil e uma utilidades, mas que a ferrugem tomou conta; da graça barata; das igrejas voltadas para seus interesses e os de seus líderes e não os do Reino.
A igreja se institucionalizou e transformou Jesus num “ídolo de templos”. Nossos objetivos e valores mudaram, já não buscamos mais uma comunhão na comunidade junto com todos os homens; estamos vivendo segundo o espírito mundano do individualismo e da fama. Do individualismo sim, pois nos fechamos entre as paredes dos templos; endeusamos líderes que buscam os seus negócios e não os de Deus. É assim que vivemos.
Os “deuses” assolaram o Brasil e a população se tornou refém por comodidade e por falta total da presença veradeira da igreja de Jesus Cristo no seio da sociedade. São “Santos Padroeiros” de cidades, estados, agremiações, hospitais, dioceses e vai por ai. O “DEUS” verdadeiro está sendo substituído por um materialismo selvagem onde as imagens são instrumentos de adoração, de integração e de aproximação entre o homem e o Criador como se Deus precisasse de alguém para secretariá-lo no atendimento aos sofrimentos do cidadão. Uma nação que tem uma “santa”(?) como padroeira jamais poderá ser abençoada; uma nação que se dobra a imagens inanimadas feitas por homens coim certeza não receberá a aprovação de Deus para as suas aspirações e necessidades.
Hoje qualquer calamidade, qualquer situação de risco ou de individamento entram e cena o ”santos”, e tem para todos os problemas e gosto e assim o povo brasileiro vai tocando o seu misticismo religioso deixando “DEUS” relegado a um segundo ou quem sabe ultimo plano. Se chove muito, da-lhe “santo”; se a seca é brava lá vem um outro para “socorrer” o povo. Tem até o das ”causas impossíveis”. Eu pergunto: Onde Deus entra nesta farra dos milagreiros? Até onde se sabe “DEUS” não delegou a nenhuma “imagem” feita pela mão de homens, o que é óbivio, autoridade para representá-lo ou atender a alguém; isto ele fez com os “HOMENS” dando a estes poderes para curarem enfermos, expulsar demônios entre outras coisas. Mateus 10:7 a 9
“Confundir-se-ão de vergonha os que confiam em IMAGES de escultura, feitas por homens e dizem a elas:Vós sois deuss” – Isaías 42:17
Uma nação bendita descrita pelo salmista busca um DEUS vivo, e vive sob o dominio Dele; Uma nação bem-aventurada não corre atrás de atalhos via “santos” para encontrar Deus; não se vale de quebra galhos para terem as suas preces e orações atendidas até porque com Deus aligação é direta, do contrário estaremos duvidando da sua onipresença, unipotência e oniciência, dando poderes imagens para que possam nos acessorar nas nossas dificuldades e nos nossos problemas. Ou DEUS é de fato DEUS ou então abrimos mão disto e deixamos para seres inanimados as ações de socorrernos nas nossas aflições. Ou deixamos os nossos problemas aos ”pés da cruz” ou então os depositamos acompanhados de uma vela aos “pés de uma imagem” qualquer.
Deus prefere obediência a sacrifícios disse Samuel ao rei Saul. Até a alguns dias atrás não via nesta frase um significado tão gracioso, mas hoje a vejo e a interpreto como uma das frases mais fantásticas e reveladoras do que Deus busca em nós. Tudo depende de nós e de nossa relação com o Criador!
O Brasil está assim e nós evangélicos somos culpados, isto porque as nossas igrejas estão com os tanques de combutível vazios, por esta razão os crentes vão ao mundo buscar alternativas para suprirem as suas necessidade espirituais. Lá encontram produtos de baixa qualidade ou falsificados e acabam trazendo estes para dentro de nossas igrejas.
O despertamento espiritual, normalmente não vem para ricos ou prósperos. O avivamento nasce de lutas, de tribulações, de infortúnio e de circunstãncias adversas, quando as pessoas em desepero, já não sabem a quem recorrer, e aí se voltam para Deus. Uma de minhas passagens favoritas está registrada em I Samuel 30, quando Davi e seus soldados retornam a Ziclague e vêm os Amalequitas que tinham invadido as suas terras, incendiado a cidade, levado cativos as mulheres e os filhos deles. É dificil imaginar o quadro encontrado por eles, mas em lugar de se lamuriarem e de se envolverem em panos de saco, a Bíblia afirtma que Davi se fortaleceu no Senhor. O final é da história é só ler o restante do capítulo… Um líder que estabelece a sua confiança no Deus verdadeiro obtém sucesso nas suas investidas. O povo está confundindo bagunça religiosa com avivamento, barulho com a presença do Espirito Santo, falar em líguas com santificação.
No meio evangélico percebe-se, hoje, um comodismo e uma estagnação por parte dos fiéis. Muitos crentes enxergam e vivem a fé e a espiritualidade como algo do tipo freqüentar cultos. Todas as igrejas “sem exceção” adoram fazer festas, congressos, shows, espetáculos, encontros, palestras e mais um monte de coisas que só aumentam as agendas das mesmas. Não podemos mudar a sociedade porque não conseguimos mudar a nós mesmos. O “Espírito Santo” não aprecia coisas desta natureza, se ele não pode ser “SOBERANO”, ele prefere retirar-se e ai a fonte de água viva acaba secando e os crentes buscam no mundo válvulas de escape para as suas necessidades. Precisamos entender que o campo de batalha favorito de Satanás são os bancos da igreja e como ele tem derrotado muita gente ali.
Festas enobrecem o ego, mas não acrescentam nada no caráter cristão. Espetáculos só servem para mostrar que ofertamos a Deus a oferta de Caim, pois se estivéssemos preocupados em ofertar o melhor para Deus, nunca realizaríamos tais eventos ou gastaríamos nossas ofertas com shows, antes sairíamos ao encontro dos pobres, dos marginalizados, dos doentes e dos fracos. No entanto, diante do que Deus busca em nós, uma pergunta fica sem resposta, será que de fato pensamos no céu alguma vez?
Texto enviado por: Carlos Roberto Martins de Souza (crms2casa@hotmail.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário